Praxe Acad Mica
Porém, a praxe é também definida como um conjunto de tradições geradas entre estudantes universitários e que já há séculos vêm a ser transmitidas de geração em geração. É um modus vivendi característico dos estudantes e que enriquece a cultura lusitana com tradições criadas e desenvolvidas pelos que nos antecederam no uso da capa e batina.
Não há nada de mal nas tunas, há nada de mal nas serenatas, não há nada de mal nos jogos, não há nada de mal no traje. O problema é que se começou a associar tudo isto à praxe: começou a gerar-se a ideia de que para um estudante participar na tradição académica tem que estar dentro da praxe. A ideia de que a praxe proporciona um estatuto de exceção. Quem praxa é “melhor” – e que quem tem este estatuto consegue aproveitar e ter acesso a uma série de coisas que os outros não têm. E é também por aqui que se gera a ideia para os caloiros de que a praxe é “obrigatória”. Pois mesmo quem não é coagido por meios físicos ou psicológicos a ser praxado, sente que está automaticamente excluído de uma série de coisas.
Em suma, a ideia de praxe é demasiado relativa e não conseguimos ter uma ideia exata sem