PPO
1. A pedagogia pós Revolução
A educação moderna nasceu, na sua concepção, da conjunção de um certo número de acontecimentos económicos, sociais, políticos e morais, em que a Revolução de 1789 não desempenhou papel menos importante. Com efeito, procedeu à mais radical transformação conhecida, mudando os professores e, por consequência, a tradição que inspirava até aí a educação. (Gal,1979, p.83).
O século XVIII foi um tempo pedagógico por excelência, primeiro predominaram as ideias intelectualistas e sensoriais exibidas pela Enciclopédia, numa segunda fase, as ideias naturalistas de Rousseau, e, por fim o idealismo de Pestalozzi. A crença no poder soberano da razão deve conduzir homens e povos, realçando a importância excecional da educação, por outro lado, a ambição de liberdade, anula os conflitos entre a política e a religião, levando ao individualismo na educação; o sentido ativo, progressista e otimista da vida, fazem da educação um instrumento valioso, e por fim, o despertar do espirito social, de apoio e cooperação, constrói uma nova conceção da educação.
No século seguinte a corrente idealista predomina na primeira metade, na segunda a corrente realista e positivista. Em 1870 institui-se a escola pública tendo como principio a educação universal, gratuita e obrigatória, exigida como um dos direitos do homem e do cidadão, de carater cívico e patriótico, perdendo o carater marcadamente religioso e adquirindo o aspeto laico; dando oportunidade aos filhos dos operários de frequentarem a instrução primária, bem como aos seus pais. Esta medida trouxe benefícios em termos financeiros, aumento da produção e da paz social, entre outros. A escola respondeu com eficácia às necessidades do mundo industrial, formando jovens capazes de se adaptarem ao novo modelo de produção, sendo a única maneira admissível e imaginável de garantir a educação das crianças – paradigma fabril.
A solução só podia ser um sistema