POVOS INDÍGENAS E AFRODESCENDENTES
1 – Como podemos analisar o impacto da chegada dos portugueses no Brasil, em relação as tribos indígenas que aqui existiam?
R – O choque foi muito grande, afinal estavam diante de um espetáculo que fugia completamente de sua cultura: homens e mulheres desnudos, enfeitados multicoloridamente, linguagem incoerente, variações entre tribos, alimentação diferenciada, etc. Entendo ser mais fácil falar da visão do homem europeu em relação aos verdadeiros donos da terra, mas como saber o que realmente pensava o indígena em relação a ele? O maior impacto foi o cultural, em toda a sua extensão.
2 – Que tipo de relação foi desenvolvida entre índios e portugueses? Justifique.
R – O escambo. Inicialmente um relacionamento amistoso, caracterizado pela troca de objetos que chamavam sua atenção, como espelhos, facas, cordas, ferramentas metalizadas, por seu trabalho em fornecer mercadorias de valor comercial (pau-brasil), animais silvestres, alimentação e conduzi-los para exploração local.
3 – Compare a utilização de indígenas e africanos como mão de obra no Brasil colonial.
R – Os indígenas eram uma mão de obra barata, mas que resistiam das mais variadas formas à submissão ao homem branco. Estavam acostumados a tirar da natureza apenas o essencial para garantir sua subsistência; sentiam-se hostilizados pelo trabalho de lavoura, tarefa feminina em sua cultura, além da fragilidade à doenças do europeu.
Os africanos já traziam experiência com trabalho braçal de lavouras, mineração, etc. em suas nações e/ou outras colônias e acostumados, de certa forma, ao convívio com o homem europeu. Produziam mais e seu custo era compensatório: pouco era o investimento atribuído ao seu cotidiano: roupas, alimentação, moradia; além de suportarem horas intermináveis de trabalho.