Potoco
4) A TEORIA DO CONSUMIDOR E TEORIA DA FIRMA: PRODUÇÃO E CUSTOS DE PRODUÇÃO
4.1) A teoria do consumidor
4.1.1) A teoria da utilidade
Utilidade total e utilidade marginal
Por que as pessoas demandam mercadorias? Porque seu consumo lhes traz algum tipo de prazer ou satisfação. Essa é uma condição necessária para que uma mercadoria seja demandada pelos consumidores. Não há demanda para mercadorias indesejáveis, como injeção no olho, por exemplo.
Outro exemplo: chocolate em barra
Se passarmos a dar uma barra de chocolate por semana a uma criança, que até então não consumia nada de chocolate, essa barra trará uma satisfação muito grande a essa criança, gerando uma utilidade relativamente alta. Se, depois disso, passarmos a dar duas barras de chocolate por semana, essas serão bem recebidas pela criança, mas provavelmente não com o mesmo entusiasmo com que foi recebida a primeira barra. Uma terceira barra será recebida com entusiasmo ainda menor. Se formos aumentando o número de barras de chocolate, chegaremos ao ponto em que uma barra adicional de chocolate representará para a criança um benefício tão pequeno que para ela será quase indiferente receber o chocolate ou não. Isso porque, ao ser consumido praticamente até a saciedade, o chocolate deixa de ser para ela um produto escasso.
Com isso, queremos dizer que a utilidade total derivada do consumo de chocolate decresce a medida que aumentamos o número de barras por semana. Todavia o valor acrescentado a utilidade total pela última barra de chocolate consumida é tão menor quanto maior for o total consumido.
No eixo horizontal da figura a seguir medimos a quantidade consumida de chocolate. A altura de cada coluna indica a utilidade total do consumo de chocolate. A altura do trecho mais escuro da coluna indica quanto foi acrescentado à utilidade total pela última barra consumida. Observe que, a medida que