Potencial de repouso
O potencial de repouso de uma célula ocorre quando o potencial de membrana não é alterado por potenciais de ação, potenciais sinápticos ou outra qualquer alteração activa do potencial de membrana. Na maioria das células o potencial de repouso tem um valor negativo, o que por convenção significa que existe um excesso de carga negativa no interior da membrana comparado com o exterior. O potencial de repouso é determinado pela concentração de íons nos fluidos dos dois lados da membrana celular o pela existência de proteínas transportadoras de íons existentes na própria membrana celular.
Etapas Formação do Potencial de Repouso:
1) K+ passa do interior para o exterior da Membrana Plasmática devido a uma maior permeabilidade de membrana a esse íon. Tal permeabilidade é devida a um maior número de proteínas canais de vazamento que transportam potássio. 2) O movimento relativo de K+ é interrompido no momento em que o gradiente elétrico (causado pela permanência de ânions orgânicos no interior da membrana) se iguala ao gradiente químico. Explicação: o movimento 'para' quando a força elétrica (que levaria o K+ pra dentro) é igualada com a vontade dele de ir pra fora por difusão. 3) A membrana é pouco permeável ao Na+, logo esse íon pouco entra na célula. Sua entrada, porém, apesar de pequena, faz o potencial de repouso da membrana (-65 mV) não ser igual ao potencial do potássio (-80 mV). Explicação: o pouco de Na+ que consegue entrar na célula neutraliza alguns ânions orgânicos, tornando o meio intracelular um pouco menos negativo (de -80 para -65 mV). 4) Para manter esse potencial de repouso, é preciso manter o gradiente de concentração. Esse gradiente é mantido por meio da Bomba de Sódio e Potássio, um mecanismo que - com gasto de energia - manda K+ para dentro da célula e expulsa Na+ da