Positivismo
O positivismo é uma linha teórica da sociologia e uma corrente filosófica cujo criador principal é o francês Auguste Comte (1798-1857), Surgiu como desenvolvimento filosófico do Iluminismo, a que se associou a afirmação social das ciências experimentais, onde começou a atribuir fatores humanos nas explicações dos diversos assuntos, contrariando o princípio da razão, da teologia e da metafísica. Auguste Comte é considerado o ‘pai’ desse movimento filosófico, que surgiu e fez grande sucesso na segunda metade no século XIX. Naquela época, as descobertas científicas e os avanços técnicos faziam crer que o homem podia dominar a natureza. No entanto, o positivismo opôs às abstrações da teologia e da metafísica, sendo, portanto ao contrário àquele pensamento. A partir da ação de grupos contrários (marxistas, comunistas, fascistas, reacionários, católicos, místicos), perdeu influência no século XX, e desde então ele tem sido redescoberto e revalorizado como uma forma de perceber o homem e o mundo, a ciência e as relações sociais.
Os positivistas não viam nenhum progresso em uma sociedade urbanizada e industrializada. Lastimavam o enfraquecimento da religião e da Família, consideravam a sociedade moderna dominada pelo caos social, pela anarquia e pela desorganização social. Por isso, eram preocupados com a ordem, além de enfatizarem a importância da hierarquia, da autoridade, da tradição e dos valores morais para a conservação da vida social.
O positivismo é visto como uma corrente conservadora, pois procurava justificar a nova sociedade que estava surgindo tendo como inspiração a sociedade feudal, com sua estabilidade e acentuada hierarquia social.
No Brasil, esse movimento filosófico contribuiu para redefinir as idéias políticas que alimentaram as campanhas abolicionistas e anti-monarquistas, fazendo que a República se consolidasse como forma de governo. Graças à filosofia positivista, a educação brasileira conseguiu romper com o modelo religioso que