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A base do enredo é relativamente simples: Deus (Antônio Fagundes) está estressado com toda a canseira que a humanidade lhe causa e quer tirar umas férias, mas para conseguir desfrutar delas precisa encontrar um substituto para ficar em seu lugar temporariamente. Para isso ele vem aportar justamente aqui, no Brasil, mais especificamente na região nordeste do país, procurando por Quincas das Mulas, o principal candidato ao tal 'cargo'. Em sua busca, Deus contará com a ajuda de um malandro chamado Taoca (Wagner Moura), que será seu guia em terras tupiniquins, e de Madá (Paloma Duarte), uma jovem solitária extremamente decidida.

Minha opinião não difere das muitas que já li por aí a respeito do filme: bonitinho, mas nada de espetacular ou muito grandioso. O filme tem muito de previsível, é recheado de clichês manjados e personagens 'velhos-conhecidos', simpático como um despretensioso passatempo. A história caminha na linha do superficial, não chega a envolver o telespectador mas deixar dar umas boas risadas.
A fotografia está belíssima. Muito de nossas lindas paisagens, muita cor e alto astral. Mesmo quando mostra a pobreza e tenta – muito sutilmente – fazer alguma crítica social Cacá Diegues se utilizou de um ambiente vivo e bem humorado, exatamente como eu li em algum lugar por aí (desculpem não citar a fonte, não lembro onde foi): sofredor, mas alegre, bem ao jeitinho brasileiro de ser.

Paloma Duarte, na minha opinião, é o grande destaque do elenco. Transpira expressividade na interpretação de uma personagem magicamente contraditória: frágil e ao mesmo tempo muito decidida, triste e distante, mas de índole compassiva e afável. Difícil explicar, só assistindo mesmo. Já Antônio Fagundes, não sei bem explicar porquê, pareceu-me bem pouco a vontade no papel, como se não tivesse utilizado da mesma competência dos papéis globais que o fizeram reconhecidamente talentoso. Talvez este seja um quesito que neste caso dependa muito da visão que cada um tem de 'Deus',