Portugues
Profa. : Angélica Miyuki Farias
Textualidade e coesão
Mecanismos de coesão textual
A coesão é a maneira de recuperar, em uma sentença B, um termo presente em uma sentença A.
Ex.: Pegue três maçãs. Coloque-as sobre a mesa. O pronome as recupera semanticamente, na segunda sentença, o termo três maçãs. Eis aí um exemplo de coesão textual, de textualidade.
A maior parte das pessoas constrói razoavelmente a textualidade na língua oral, mas, quando se trata de escrever um texto, em geral se limitam a usar as palavras mesmo e referido, produzindo seqüências do tipo:
(1) Pegue três maçãs. Coloque as mesmas sobre a mesa.
(2) João Paulo II esteve, ontem, em Varsóvia. Na referida cidade, o mesmo disse que a Igreja continua a favor do celibato.
Para evitar, utilize os mecanismos de coesão.
Coesão por referência: (2a) João Paulo II esteve, ontem, em Varsóvia. Lá, ele disse que a Igreja continua a favor do celibato.
Se repetir um substantivo já contido em uma sentença A anterior, devo marcá-lo, na sentença B, pelo artigo definido. (3) Pedi uma cerveja. A cerveja, entretanto, não veio gelada. (4) Pedi uma cerveja. Uma cerveja, entretanto, não veio gelada.
Coesão por elipse: (2b) João Paulo II esteve, ontem, em Varsóvia. Lá, ( ) disse que a Igreja continua a favor do celibato.
Coesão por palavras ou expressões sinônimas dos termos que deverão ser retomados em sentenças subseqüentes. No caso em questão, podemos usar a palavra papa, para retomar João Paulo II, e a expressão capital da Polônia, para retomar Varsóvia, o que produziria uma seqüência como:
(2c) João Paulo II esteve, ontem, em Varsóvia. Na capital da Polônia, o papa disse que a Igreja continua a favor do celibato.
As palavras mais usadas neste processo de coesão são os chamados sinônimos superordenados ou hiperônimos, ou seja,