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Sentimentos
O dia amanheceu claro e bonito, pássaros cantavam lá fora, porém as casa e as pessoas ao meu redor pareciam não enxergar isto.
Já estava na minha hora de levantar embora não estivesse com vontade, coloquei minhas roupas, fui até o banheiro e logo em seguida prepararei um chá bem quente para acordar. Enquanto tomava cheguei até a janela e comecei a observar os pássaros brincando sobre minha cabeça.
Na janela em frente a minha estava Maria, a doce e meiga garota que me encantava, parecia triste debruçada sobre a mesa, não sei se dormindo ou chorando, comecei acenar e a gritar para ver se ela me via, mas não deu certo, então fiquei pensando em arrumar um jeito para melhorar aquela situação, e como num estralar de dedos tive uma ótima idéia, peguei papel e caneta e escrevei a seguinte mensagem “Sorria e vá até a janela, alguém que te ama sorrirá também”, e lancei o papel em formato de avião a caminho de sua janela. Mas o vento parecia não querer ajudar e encaminhou o meu “avião” para a janela vizinha, na casa do senhor Joaquim que estava tocando o seu violino e ao ler o bilhete foi até a janela e sorriu, o próximo bilhete caiu na casa da dona Margarida, a cantora, que foi até a janela e em êxtase adorou o que estava escrito no bilhete, o “avião” também foi até a casa do Manuel que no banheiro lendo o seu jornal quase engoliu o pedaço de papel, a família da Aninha também recebeu o bilhete, e todos, pai mãe e irmão saíram á janela, até o senhor João que estava muito triste, pois estava com saudades de sua esposa já falecida ficou feliz com a visita do bilhete.
Insisti mais uma vez, e nada, e mais uma e mais uma..., mas o vento não deixava atingir o meu alvo, a janela da Maria. Sem perceber, todos os bilhetes que eu havia soltado no ar tinham ido para as janelas vizinhas. Quase já desistindo desta brincadeira, resolvi fechar os olhos e jogar o papel sem direção nenhuma, foi quando para o meu espanto acertei o alvo. Ela leu o bilhete e ao observar lá