Portugues apostila
2.1 CONCEITO DE SEMIÓTICA
A palavra semiótica vem do grego semiotiké e é traduzida como doutrina geral dos signos. No dicionário, também lá está: ciência geral dos signos. Então surge a pergunta: mas de que signos, especificamente, trata a semiótica? Ora, de todos. Todos mesmo porque inclui tudo aquilo que representa – ou significa - alguma coisa. Uma definição clássica, em latim, conceitua o signo como "aliquid etat pro aliquo" - ou seja, o signo é uma coisa que está para outra. Esse amplo conceito pode incluir desde a palavra mais simples até um sinal de trânsito, o recurso sonoro ou visual de mensagem publicitária, um aroma ou sabor que nos provoca uma lembrança.
Pelo exposto, podemos deduzir uma idéia mais precisa de semiótica: é a ciência que estuda o fenômeno da significação. Ou ainda, ciência que investiga os mecanismos mentais que conduzem ao entendimento. Ora, esse simples fenômeno, de uma coisa significar e um sujeito entender, é chamado de SEMIOSE.
2.2 OBJETO DA SEMIÓTICA
Como foi dito acima, a semiose é o objeto de estudo da semiótica e a semiótica, por sua vez, é a ciência que estuda a semiose. Ainda mais remota que o vocábulo semitiké (semiotiké) é sua raiz, semeion (semeion), equivalente a sintoma, como na medicina, um sinal indicativo de uma outra coisa, no caso a doença.
Assim, a palavra, falada e escrita, é um tipo de signo mais objetivo, direto na expressão de sua mensagem, se comparado a uma sinfonia, por exemplo. No entanto, uma sinfonia, uma placa que diz "É proibido fumar", uma nódoa de sangue em uma camisa, a figura estilizada de uma mulher na porta de um banheiro, uma tosse, um espirro, uma dor de cabeça, todas essas realidades são signos ou combinações de signos passíveis de entendimento e mais, passíveis de diferentes entendimentos em função da circunstância na qual se dá sua ocorrência.
2.3 SEMIÓTICA NO COTIDIANO
Se você levanta pela manhã e encontra sobre a mesa singelo bilhete dizendo: "Querido, fui à