Portugal
Em Portugal, o começo do século XIX é um período de grande agitação política. Em 1808, ameaçada pelas tropas de Napoleão Bonaparte, que invadem o país, a Corte de D. João VI transfere-se para o Brasil. Organiza-se um movimento de resistência que consegue expulsar o invasor e, em 1820, ocorre na cidade do Porto uma rebelião de caráter liberal que se espalha por todo o país, combatendo a monarquia absolutista e conseguindo impor algumas mudanças importantes do ponto de vista social. A Revolução Industrial, que se expandia rapidamente em alguns países europeus, ainda não havia chegado a Portugal, que continuava basicamente um país agrário.
A disputa pelo poder
A renovação literária: Surge o Romantismo
É nesse ambiente de lutas políticas e reivindicações liberais que se desenvolve o romantismo português.
O Romantismo surgiu primeiro na Alemanha e na Inglaterra e, depois, na França. Os autores que se tornaram as grandes influências do estilo romântico nos demais países foram: Goethe, com sua novela Werther, na Alemanha; Lord Byron, com Peregrinação do jovem Haroldo, na Inglaterra; Victor Hugo, com Notre Dame de Paris. O filósofo francês Rousseau, desde o Iluminismo, era uma influência também importante. Grande interesse despertava o teatro de Shakespeare, bastante adequado ao gosto romântico. Em Portugal, o Romantismo surgiu com a publicação do poema Camões, de Garret, com 10 cantos e decassílabos brancos, ainda na fase de transição para o estilo romântico, em 1825. Nessa época, Portugal vivia um período de grande perturbação política. Em 1820, estoura, no Porto, a Revolução Liberal, que pretendia estabelecer uma nova constituição, mais democrática, nos moldes propostos pela Revolução Francesa. Em vez disso, instaura-se uma ditadura que oprime os portugueses até 1836. Muitos escritores estiveram engajados nessa luta política e foram exilados, entre eles Almeida Garret.
Os principais