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A decisão é em primeira instância e cabe recurso. Se pago, o valor será revertido ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Contatado pelo UOL, o HSBC informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que não comentará o caso.
A acusação, feita pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Curitiba e Região, conseguiu provar que a instituição contratou uma empresa de investigação para obter dados pessoais de trabalhadores afastados.
Investigadores disfarçados de carteiro e entregador de flores que invadiam as residências, filmavam o interior das casas e vasculhavam o lixo.
O objetivo, segundo o sindicato, era comprovar fraudes no afastamento por doença.
O caso foi revelado em 2012, quando o Sindicato dos Bancários de Curitiba, sede nacional do HSBC, recebeu um dossiê anônimo contendo as informações coletadas pela empresa CIE (Centro de Inteligência Empresarial).
Doze pessoas confirmaram ao MPT (Ministério Público do Trabalho) do Paraná ter reconhecido informações pessoais nos documentos, como descrições sobre a rotina diária.
No total, o dossiê trazia informações sobre 154 funcionários do HSBC nos Estados de Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. As espionagens ocorreram entre 1999 e 2003.
O sindicato desconhece que algum funcionário tenha sido legalmente denunciado ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por suposta fraude no benefício.
Há casos, porém, em que colaboradores teriam passado a sofrer represálias ao voltar às atividades ou teriam sido demitidos poucos meses após o fim da licença.
"Temos a suspeita de que o banco tentava interferir de alguma forma na concessão dos benefícios. Mas isso precisaria de mais investigação", afirma o assessor jurídico do