Portifolio
Mas sobrevivemos. Não tendo dinheiro para pagar o jardim, como era chamado na época, iniciei minha vida escolar direto em uma escola estadual. E assim tudo começou.
1ª SÉRIE: Escola Estadual “Pedro Evangelista Diniz”, iniciei com 8 anos, pois faço aniversário em julho então tive que começar atrasada. A 1ª professora se chamava Adélia, todos os dias ao chegarmos na escola íamos direto para opátio, formar a fila para então cantar o Hino Nacio AL e rezarmos a oração do Pai Nosso. Era um momento mágico, sentia importante cantando ali o Hino do meu país. Em seguida cada professora pegava a mão do 1º aluno de sua classe e íamos para a sala. Bem eu tive muita dificuldade com minha coordenação motora,sentia muita dor e dificuldade para aprender a escrever as letras do alfabeto. Lembro de como a professora Adélia conseguiu ensinar a fazer a letra e , muito engraçado, foi cantando uma musiquinha mais ou menos assim. O rabo do porquinho é todo enroladinho vai descendo e vai subindo olha só que bonitinho ( deixa em branco vou fazer a caneta ), então para mim a letra e e l não foi relacionada com o e do elefante nem l de lápis, mas com o rabo do porquinho. Tenho a professora Adélia com muito carinho no meu coração,porque diante de uma classe onde éramos vistos como os “burros” e pobres, éramos tratos por ela com muita dignidade. Lembro que no 1º dia de aula eu fui alegre e contente com o meu material novo, uniforme novo, era lindo, blusa branca de tergal com o símbolo da escola no bolso, saia azul marinho de preguinha.Quando entrei na escola e vi a maioria das meninas de gonga azul marinho e meia branca, confesso, me deu vontade de chorar e sair correndo dali, porque eu estava usando um quijute preto do meu irmão.Mas a professora Adélia muito atenta aos seus alunos na fila para