Porque falham as entregas
Provavelmente já fez esta pergunta, algumas vezes, e, certamente, também já encontrou diversas explicações para que o prazo de entrega de uma encomenda não tivesse sido cumprido. Neste artigo mostramos-lhe como uma lei fundamental da gestão da produção lhe permite começar a não falhar e reduzir os prazos de entrega prometidos aos seus clientes!
Antes de mais convém sublinhar que, quando se indica um prazo de entrega de uma encomenda estamos a considerar um acontecimento futuro e, como tal, estamos a estabelecer uma previsão da ocorrência desse acontecimento. Uma previsão de um acontecimento tem sempre associado um certo grau de incerteza, definido por uma probabilidade de ocorrência. O que as organizações devem fazer é criar as condições necessárias para que a probabilidade de ocorrência do acontecimento previsto (entrega da encomenda numa certa data) seja a mais alta possível. Uma dessas condições que, não raras vezes, contribui para falhar o prazo de entrega é a quantidade de produto em vias de fabrico.
Que relação existe, então, entre o não cumprimento dos prazos de entrega e os produtos em vias de fabrico? Imagine-se no início de uma rua e que pretende percorrê-la. Sabe que a rua tem 500m e que a sua condição física lhe permite deslocar-se a 4 km/h, pelo que pode prever que vai levar cerca de 7,5 minutos, isto é, pode confirmar que dentro de 7,5 minutos se poderá encontrar com o seu cliente no outro extremo da rua. Contudo, quando vai iniciar o trajeto depara com uma multidão que enche a rua e se desloca no mesmo sentido em que se pretende deslocar. Como consequência desta situação irá, certamente, chegar atrasado ao encontro com o seu cliente, isto é, acabou de falhar o seu “prazo de entrega”, pois não considerou que a multidão era um fator condicionador do seu deslocamento. A forma que terá de não falhar o seu encontro resolve-se pelo aumento em alguns momentos da sua velocidade de deslocação, de modo a que no final em