Porque deus é deus
Quando os filósofos pretendem provar a existência de Deus usam argumentos que falam da natureza divina. No porquê, muitas vezes já está presente o que e o para quê. Por que precisamos de Deus para explicar o mundo, que Deus é esse que explica o mundo e para que precisamos de Deus em nossa vida?
Vamos resumir algumas respostas que aparecem na Filosofia.
Deus é causa - Só se pode explicar tudo o que existe, de maneira tão bela e tão ordenada, tão funcional e tão inteligente, se aceitamos que existe uma inteligência criadora ou, se não for criadora (há filósofos que não aceitam Deus como criador, pelo menos uma inteligência organizadora. Esse argumento causal está em Platão, Aristóteles, em filósofos cristãos, como Tomás de Aquino, em filósofos árabes, como Avicena, em filósofos judeus, como Maimonides e Espinosa.
Deus é medida do bem- Para podermos dizer que algo é mais justo ou menos justo, melhor ou pior, para haver uma moralidade real no ser humano, na vida e no mundo, é preciso que haja Um conceito supremo de bem, Uma medida absoluta.
Deus é transcendente – Deus está além e todas as coisas, pois tudo muda, tudo se move, tudo nasce e morre, tudo é limitado – mas, Deus é eterno, infinito, nunca se modifica, ele pode estar em tudo, mas não é tudo. Aristóteles, Agostinho, Martin Buber falam muito de Deus como Ser, como Outro, como Tu.
Deus dá sentido - A natureza, a vida, o Universo só fazem sentido dentro de uma concepção inteligente, de um projeto concebido por um Ser Perfeito e Todo-Poderoso. Se tudo Fosse resultado do acaso, nossa vida pessoal e a existência da humanidade não teriam nenhum sentido. Estaríamos soltos, sem rumo, sem propósito. O sentido só ganha corpo, aliás, se houver a idéia de eternidade esse pedaço de vida que vivemos não dá para esgotar todas as nossas possibilidades e nossa sede de sentido e perfeição. Portanto, a idéia de Deus, de sentido existencial, está ligada à imortalidade da alma.
Deus é imanente