Farmacia
Caroline Mariana Minucci Pereira, Dulce Helena Siqueira Silva, Alessandra Cristina Dametto, Patrícia Mendonça Pauletti, Marcelo Aparecido da Silva – Campus de Araraquara – Instituto de Química –
Farmácia-Bioquímica – carolinequimica@yahoo.com.br – FAPESP. Palavras-chaves: Myrciaria cauliflora, antioxidante, antocianinas. Keywords: Myrciaria cauliflora, antioxidant, anthocyanins.
1. INTRODUÇÃO Dentre as espécies nativas de importância regional no Sul do Brasil, destaca-se a jabuticabeira (Myrciaria cauliflora), pertencente à família Myrtaceae1. Seus frutos, além de muito apreciados para consumo, possuem ainda metabólitos secundários bioativos. Dentre estes compostos, são relevantes as antocianinas e outros flavonóides, que despertam grande interesse nas indústrias cosmética, farmacêutica e de alimentos processados, devido às suas características antioxidantes2. A produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), entre outras espécies reativas, é parte integrante do metabolismo humano. Mudanças no balanço redox de sistemas biológicos podem causar estresse oxidativo, gerando radicais livres que atacam as estruturas bilipídicas celulares, além de uma variedade de proteínas e açúcares. Há fortes evidências de que este processo tenha importância capital nos processos de envelhecimento, transformação e morte celular, com conseqüências diretas em muitos processos patológicos, entre eles, a indução do câncer e propagação de AIDS em indivíduos soropositivos (HIV+)3. Estudos relacionam a utilização de antocianinas aos efeitos de prevenção da formação de radicais livres no organismo humano, agindo com propriedades anticarcinogênicas, antiinflamatórias e antienvelhecimento4. Assim, a utilidade desta classe de substâncias ultrapassa a simples