Por que o modal ferroviário é importante para o desenvolvimento do Brasil
1. Histórico do modal ferroviário
Antecedentes
Até a inauguração das primeiras ferrovias, o transporte de mercadorias no Brasil era feito através de centenas de tropas de muares que levavam a produção agrícola do interior do país aos centros urbanos e portos para exportação. Estima-se que chegavam anualmente ao porto de Santos cerca de 200 mil mulas que transportavam sacas de café e outros produtos. A primeira ação de incentivo á implantação de ferrovias no país se deu em 1828, durante o reinado de Dom Pedro I, onde o governo autorizou a construção de estradas (de rodagem e de ferro) no país por meio de Carta de Lei (a chamada Lei José Clemente).
Posteriormente no período da regência provisória foi apresentada a Lei n.º 101, de 31 de outubro de 1835 que outorgava a investidores privados uma concessão de construção e operação por 40 anos de estradas de ferro ligando Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia. Apesar dessas ações nenhum investidor demonstrou interesse.
Em 1840, o médico inglês Thomas Cochrane (sogro do escritor José de Alencar e primo-irmão do almirante Thomas Cochrane) obtém uma concessão para a construção de uma ferrovia ligando Rio de Janeiro e São Paulo, sendo esse o primeiro esforço para a implantação do transporte ferroviário no Brasil. Por falta de capital essa ferrovia nunca foi construída. Anos depois o doutor Cochrane consegue uma concessão e implanta o primeiro bondes a tração animal do país, no Rio de Janeiro através da Companhia Carris de Ferro.
Implantação
Barão de Mauá
Durante meados da década de 1840, o empresário Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, faz uma viagem de negócios à Inglaterra onde conheceu fábricas, fundições de ferro e o mundo dos empreendimentos capitalistas, convencendo-o de que o Brasil deveria trilhar o caminho da industrialização. A Inglaterra fora o cerne da Revolução Industrial, e o Brasil ainda