Por Que A Crise De 1848 Na Europa N O Desencadeou Mudan A Revolucionaria
R: Em 1848 Alexis de Tocqueville alertou seus pares na câmara dos deputados na França sobre o vulcão no qual estavam em cima, uma agitação se dava nas ruas, uma revolução se aproximava. Marx e Engels publicavam a mais expoente obra de teoria revolucionaria, o manifesto comunista em 24 de fevereiro de 1848. Os franceses derrubam a monarquia e implantam a república, dava-se início a onda de revoluções na Europa. Tendo a França como centro revolucionário da Europa a revolução logo alcançou Viena e Milão, em pouco tempo derrubaram os governos em uma área equivalente hoje a dez Estados nacionais. Essa revolução de 1848 foi a primeira com potencial global e a única a afetar tanto a área desenvolvida do globo quanto as atrasadas. Porém, apesar de todo seu alcance e potencial, foi triunfante somente no centro Europeu e não na sua periferia. A história e a política dividiram a zona revolucionaria em dois, sendo diferentes fundamentalmente em suas estruturas sociais, com exceção da diferença entre o campesinato e o povo urbano. A população urbana era ativa politicamente, por exemplo os delegados do pré parlamento onde 45% representavam as grandes cidades e 10% o campo, mas 73% da população vivia no campo. A classe média da época era representada por banqueiros locais, comerciantes e profissionais liberais. A luta não se dava somente contra os governos, mas também entre os revolucionários, no momento o império Habsburgos fez com que alemães, italianos e praticamente todos movimentos nacionais envolvidos na revolução lutassem contra ele por medo de serem absorvidos por algum nacionalismo expansionista. A solução apresentada pelos radicais era a de uma república democrática unitária e centralizada baseada na revolução francesa, e como disse Diderot “o mundo será melhor quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”, fazendo alusão a queda da monarquia e do poder da igreja. As