Por que os Economistas erram tanto?

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Instituto de Economia - IE

Resenha de texto: “Por que os Economistas erram tanto?” (Lahóz, André – Revista EXAME, 08/abril/1998, p.104)

A partir de modelos elaborados com base em situações passadas, os economistas procuram utilizar de similaridades de cenário e tendências numéricas com o objetivo de oferecer previsões a respeito dos rumos econômicos, tanto em níveis macro como em níveis menores, micro, relacionados a um mercado ou empresa especificamente. Como se tratam de previsões – e não de certezas absolutas – são observados muitos casos em que o prognostico não se realiza, ou não se realiza na forma ou no tempo previstos. Assim, levantam-se questões a respeito dos motivos relacionados aos erros de previsão dos economistas, que são, aliás, em muitos momentos, mais comuns do que os acertos.
Tais equívocos ocorrem por uma série de motivos. Primeiro, por questões qualitativas, de profundidade de análise, metodologia e aspecto teórico adotados ou por motivos quantitativos, e neste ponto está a maior dificuldade das previsões. Como a economia está diretamente ligada à sociedade, ao comportamento do ser humano e também ao mundo como um todo e às mudanças que ele sofre (desde às climáticas, até as culturais), os cenários estão em constante alteração; isto quer dizer que previsões feitas em dado momento podem não se concretizar por alterações no derredor da situação, de forma que o economista não cometeu um erro teórico em si, mas como qualquer outra pessoa, é incapaz de saber todas as mudanças que um cenário (mundo, país, sociedade, mercado ou empresa) pode sofrer dentro de determinado período; acontecimentos repentinos podem alterar completamente o rumo da economia, sem que tenha sido previsto de qualquer forma.
De uma forma ou de outra, com erros ou acertos e dentro de qualquer opção ideológica, o fato é que os economistas vão continuar fazendo previsões. Por um lado, há os que falam publicamente de suas