Pontos relevantes sobre a Intenção de Ruptura
A perspectiva renovadora que, a falta de melhor designação denomina-se Intenção de ruptura, emerge no quadro da estrutura universitária brasileira na primeira metade dos anos setenta_ em sua formulação inicial e mais abrangente, tem como cenário a Escola Católica de Minas Gerais.
No entanto essa perspectiva permanecerá marginal até o final de 1970. Essa direção permaneceu tanto tempo apenas na Universidade devido as dimensões ideopolíticas dessa perspectiva , que confrontava-se com a autocracia burguesa no plano teórico-cultural, no plano profissional e no plano politico, tendo assim a sua legitimação negada. O perfil requisitado para a época encontrava-se na perspectiva modernizadora e se chocava com o perfil da intenção de ruptura, pois dentre outras características as concepções dessa eram contrarias a ditadura.
Contudo é somente na virada do decênio (1979/1980) que ganha repercussão para além dos muros da academia. Quando a crise da autocracia burguesa vem a tona, evidencia-se a reinserção da classe operaria na cena politica brasileira , assim a intenção de ruptura ultrapassa a fronteira das discussões em pequenos círculos acadêmicos e polarizar atenções de segmentos profissionais ponderáveis .
Essa perspectiva tinha uma tarefa difícil. Em seu projeto tinha-se um formidável trabalho teórico metodológico critico ao tradicionalismo e a apropriação de um arcabouço diferente; e, sobretudo tinha a tarefa de remar na contracorrente das direções ideais dominantes na vida brasileira. De outra, e também à diferença das demais vertentes renovadoras, cabia encontrar formas e modos de experimentação para as propostas interventivas decorrentes do novo embasamento teórico metodológico.
Num país em que centros autônomos de pesquisa na área social ainda engatinhavam, o que se tinha para o desenvolvimento desse projeto era a universidade. A universidade possibilita a interação intelectual entre assistentes sociais que podiam se dedicar à