Políticas sociais de saúde pública no brasil
O tema saúde foi debatido em diferentes contextos na história brasileira com distintos objetivos, ora político, ora econômico e ora social. O resultado do atual SUS é fruto da manifestação popular, sobretudo a população menos favorecida e mais periférica.
No início do século XX, o Brasil sobrevivia basicamente da economia cafeicultura, embora surgisse um grande movimento industrial, no entanto ambos necessitavam de mão de obra, para as quais eram bem vindos os imigrantes. No mesmo momento o país é tomado com surto de várias epidemias, visando manter boas relações comerciais com o exterior, além da política de imigração, faz necessário controlar as doenças, para isso em 1902 dá o inicio a uma reforma urbanística e higiênica da cidade do Rio de Janeiro e, Oswaldo Cruz cria a lei que torna obrigatória a vacinação contra a varíola, o que gera a grande revolta da vacina em 1904, um protesto popular gerado pelo acumulo de insatisfações contra o governo.
A essa altura, médicos sanitaristas como Oswaldo Cruz e Euclides Azevedo já haviam descoberto um Brasil de misérias e doenças que clamava por ajuda do governo, o que possa ter impulsionado Vargas à criar o Ministério da Educação e Saúde. Ainda foi criado o Ministério do Trabalho, Industria e Comércio que agiram na direção trabalhista, previdencial e social que, apesar do ditadorismo Vargas é visto como sinônimo de paternalismo.
Após curto período de democracia, o país retorna ditadura militar, e o sistema previdenciário sobre várias modificações, a ponto do governo passar a pagar a rede privada pelos serviços de saúde prestados à população. No período de crise pós “milagre econômico”, em meio ao arrocho salarial, falta de assistência a saúde e programas de saneamento básico, o crescente número de população pobre também decorrente do êxodo rural e o alarmante número de doenças e mortalidade omitidos a população pela censura, a comunidade periférica, estudantes e