Políticas de saúde
A espermatogénese no homem inicia-se na puberdade e ocorre, de modo contínuo, durante o resto da vida do indivíduo. Este processo ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos, os órgãos reprodutores masculinos. Os testículos, órgãos reprodutores externos, são órgãos ovóides no interior das bolsas escrotais e mantêm a sua temperatura um pouco abaixo da temperatura normal do corpo, fundamental para a produção de espermatozóides viáveis (ver Morfologia aparelho reprodutor do homem).
Na espermatogénese, as espermatogónias transformam-se em espermatozóides, ao ritmo de milhões por dia. Este processo compreende quatro fases sucessivas: multiplicação, crescimento, maturação e diferenciação. Fase de multiplicação: as células germinativas, espermatogónias, sofrem mitoses sucessivas. Estas células diplóides (2n = 46) localizadas na periferia dos tubos seminíferos entram em proliferação desde a puberdade até ao fim da vida do indivíduo. Fase de crescimento: as espermatogónias aumentam de volume, devido à síntese e acumulação de reservas necessárias para a meiose. As células resultantes designam-se espermatócitos I ou espermatócitos de 1ª ordem. Fase de maturação: cada espermatócito I (2n = 46) passa por uma primeira divisão nuclear meiótica, dita “reducional”, por reduzir a metade o número de cromossomas. Resultam da primeira divisão duas células haplóides (n = 23), os espermatócitos II, nas quais cada cromossoma tem dois cromatídeos (ver meiose). Da segunda divisão, dita “equacional”, resultam quatro células haplóides, os espermatídeos, com um só cromatídeo por cromossoma. Fase de diferenciação ou espermiogénese: os espermatídeos sofrem uma transformação em células altamente especializadas, os espermatozóides. Durante esta última fase os espermatídeos perdem grande parte do citoplasma por fagocitose das células de Sertoli e os organelos citoplasmáticos sofrem uma reorganização: o complexo de Golgi forma uma vesícula, o