política e politicalha
Muita gente, assim como eu, escrevendo, falando, opinando e pouca gente colocando a mão na massa de verdade. Não adianta dizer que está insatisfeito se não levanta pra mudar o que lhe incomoda. Não adianta dizer que não gosta, mas continuar agindo da mesma maneira. Não há sentido em reclamar e não tomar providências a respeito. E providência não significa terceirizar a culpa. Tomar providência é assumir que nós fazemos parte de um todo e que se nós não assumirmos nosso papel, nada mudará. Não é responsabilizar o político corrupto pelos roubos que o permitimos fazer. “A oportunidade faz o ladrão” e quem deu oportunidade para que ele roubasse fomos nós. E da maneira que demos a ele esse poder, podemos tirar. Por Rui Barbosa temos que “política é arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras MORAIS, leis escritas, ou tradições respeitáveis”. E o que temos, segundo o mesmo, é uma politicalha: “indústria de explorar a benefício de interesses pessoais”.
Remontando Aristóteles, “a ética é a doutrina moral individual, a política é a doutrina moral social.” E ainda em filosofia, MORAL tem a ver com os princípios sociais. Aquilo que estabelecemos como certo ou errado. E pelo menos em nosso território brasileiro, parece que a tal ‘’moral e bons costumes’’, de Jorge Amado, foi deturpada. Pelo menos em contexto geral, porque em minha casa, a moral que nos rege é de que roubar é errado. Não ser fraterno também. Ser egoísta não faz parte de nossa essência. Bem, essa é a moral da minha casa. E como seria bom se essa fosse a mesma do território onde vivo. Acredito que um dia foi, mas como uma maçã podre