política para Immanuel Kant
Kant, definitivamente, aposta nas leis, no direito promulgado e positivo, em um Estado forte como garantia da ordem social e não na boa vontade dos indivíduos. . A partir desses argumentos podemos compreender suas concessões aos déspotas com uma pitada de ilustração e sua prevenção ante aos caos revolucionário. um monarca autocrata “que dispõe de um numeroso e disciplinado exército” pode, facilmente, ser esclarecido. Pode não prescrever nada em matéria de religião e permitir a liberdade de pensamento, coisas estas que “não violaria um Estado livre”. Parece claro que Kant vê no caos, na anarquia, na ausência total de leis e na
“libertinagem” o maior perigo para a justiça e para autêntica liberdade social. s
Assim, existe este aparente paradoxo de entusiasmo com a Revolução
Francesa; compreender as razões do povo para ela, e inclusive, seu direito e, sem embargo, reconhecer que em seguida se destrói inapelavelmente o vinculo social –
A natureza, no curso dessa ação traçada segundo um plano, procede por misteriosos e minuciosos meios. A própria guerra pode ter sido um meio de servir a esse propósito, o futuro de paz. Foi a guerra, aponta Kant, que levou os homens a se espalharem pelo globo.
A posição de Kant em relação a povos não-europeus é bastante interessante. Embora não considere, seguindo a opinião de Hume, que os negros sejam capazes de grandes feitos culturais ou cientifícos, adota uma postura arrojada ao admitir que a "colonização" das "terras selvagens" foi recheada de crueldades e injustiças, pois o europeu, quando lá chegou, considerou tais terras sem dono, tendo portanto o legítmo direito de posse. Kant reconhece o direito sobre a terra desses povos. Os indígenas na América do Norte, teriam, para Kant, um grande potencial. Bastaria