Política na Grécia Antiga
Sobre os tempos mais antigos de Atenas, sabe-se pouco. É certo que no início havia um rei, mas o poder estava nas mãos de uma aristocracia: os eupátridas, que em grego quer dizer "bem-nascidos". Somente eles podiam ocupar cargos públicos. Além disso, existia o problema da escravização por dívidas e da concentração de terras nas mãos dos eupátridas. Por isso havia uma insatisfação social muito grande, e os conflitos na cidade eram constantes.
Para solucionar esses conflitos, foram feitas leis escritas Em 621 a.C., o legislador Drácon publicou o primeiro código de leis de Atenas. Porém logo se viu que, apesar de serem escritas, essas leis não melhoravam a situação da maioria. Por isso, continuou a haver pressão por reformas sociais. Em 594 a.C., o legislador Sólon atendeu a algumas das exigências que vinham sendo feitas: suprimiu a escravidão por dívidas e dividiu a população em quatro categorias de cidadãos, de acordo com o grau de riqueza agrícola. Dessa forma, os privilégios que antes cabiam aos bem-nascidos passavam agora a ser reservados aos mais ricos. O critério de riqueza substituiu o de nascimento.
Como não se podia mais escravizar os pobres, os grande proprietários passaram a comprar escravos para trabalhar em seus campos. Nessa época, o número de escravos na Grécia aumentou bastante:
Os escravos (...) ocupavam-se, a bem dizer, em todas as tarefas (...). Permaneciam nas montanhas guardando o gado, cuidavam dos currais, amanhavam a terra, plantavam e colhiam. As mulheres escravizadas dedicavam-se às cansativas tarefas domésticas: moviam a mó que triturava os grãos, fiavam e teciam, prepravam os alimentos.
(MAESTRI FILHO, Mário José. O escravismo antigo. p. 17.)
Como as reformas de Sólon ainda excluíam grande parte da população, as