Política Automotiva Mercosul
1 RESUMO
A integração no cone sul emergiu, em suma, como uma maneira estratégica de adequar as economias de seus Estados à nova dinâmica mundial propiciada pela globalização nos anos 90. Nesse contexto, foi criado o Mercado Comum do Sul (Mercosul) em 1991, com a adesão de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Apesar de observarmos o aprimoramento das relações comerciais por meio dos protocolos adicionais e do ambiente em si de integração multilateral, ainda o bloco enfrenta impasses como a consolidação de uma Política Automotiva Comum, que regularizasse o comércio de automóveis e autopeças na região. Os impasses por trás da Política Automotiva são de caráter político e econômico, sendo o político centrado no fato do bloco ter sua base fundacional e seu desenvolvimento pautados sob uma ótica de ação unilateral de seus Estados-membros e o econômico centralizado na dependência do bloco em relação às empresas transnacionais automobilísticas. Dessa forma, cabe analisar tais pontos de impasse e como estes afetam as discussões tanto perante a consolidação de uma Política Automotiva Comum como as relações e o processo de integração em si.
Palavras-chave: Mercosul. Integração. Política Automotiva Comum. ação unilateral. empresas transnacionais.
2 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
O interesse pela integração regional intensificou-se no mundo a partir dos anos 80, em grande parte devido às substanciais mudanças provocadas no panorama político e econômico do sistema internacional da época. Fatores como a readaptação dos países emergentes às mudanças provocadas pelas medidas neoliberais de países desenvolvidos e a busca pela hegemonia e mercados por parte dos países desenvolvidos fomentaram alterações visíveis nas estruturas financeiras, produtivas e políticas mundiais e por consequente nos processos de integração.1 Nessa perspectiva, podem-se observar algumas teorias divergentes que buscam explicar os objetivos por trás dos