Poluição
Problema vem se agravando nos últimos anos na região metropolitana.
Série 'Desafios São Paulo' mostra reportagens sobre eleições.
A poluição do ar e um dos principais problemas a ser enfrentado pelo próximo governador de São Paulo. A devastação de matas nativas e o aumento constante da frota ajudam a explicar porque cada vez mais os paulistas sofrem com a piora da qualidade do ar. O problema foi mostrado na reportagem desta semana da série "Desafios São Paulo".
Um exemplo é Francisco Morato, que na década de 1960 era uma região de chácaras. Hoje, a cidade de 150 mil habitantes enfrenta os loteamentos clandestinos. Restam, no município, apenas 7% de mata original.
O sítio de Manoel Sérgio Simões Marques, é um oásis na cidade que perdeu. Muita área verde na região metropolitana. O rancho São Joaquim, em Francisco Morato, existe há 50 anos e tem uma área do tamanho de 50 campos de futebol. “O intuito do rancho foi justamente preservar a natureza, desde a nascente de água, rio despoluído. É uma luta árdua para poder preservar esse espaço que, na verdade, é o pulmão da cidade”, comenta o dono do sítio.
Na Grande São Paulo, muitas pessoas derrubam árvores para construir casas. Nos últimos nove anos a região perdeu 467 hectares de mata nativa, mais de 4,6 milhões metros quadrados. Parte da Serra da Cantareira, o pulmão da capital, foi ocupada com construções irregulares. Além de destruir o solo, a devastação também pode comprometer o abastecimento de água. É da Cantareira que sai a água consumida por 8 milhões de moradores da região metropolitana. De imediato, o prejuízo é maior para o ar.
Poluição do ar
As estações da Cetesb, órgão do estado que fiscaliza o meio ambiente, avaliam a qualidade do ar. Na região metropolitana, no mês de agosto, a umidade do ar chegou a ficar abaixo dos 30% vários dias seguidos. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) o ideal é que a umidade seja de 60%.
Paulo Saldiva, da