Poluição e Tratamento da água
Poluição das águas
A poluição e seu controle costumam ser tratados em três categorias naturais: poluição das águas, poluição do ar e poluição do solo. Dessas três, a poluição das águas talvez seja a mais preocupante, devido basicamente a três fatores. O primeiro é a necessidade imperiosa que nós, seres vivos, temos de água. Ela representa cerca de 70% da massa do corpo humano.
Um ser humano com aproximadamente 70 kg de massa corporal precisa ingerir diariamente cerca de dois a quatro litros de água. Podemos sobreviver 50 dias sem comer, mas, em média, morremos após quatro dias sem água (Syder,1995). O segundo fator é que os lençóis subterrâneos, os lagos, os rios, os mares e os oceanos são o destino final de todo poluente solúvel em água que tenha sido lançado no ar ou no solo. Assim, além dos poluentes já lançados nos corpos receptores, as águas ainda sofrem o aporte de outros poluentes vindos da atmosfera e da litosfera. Por último, mas não menos importante, vem o fato de que, excluindo-se as águas salinas usadas para recreação, a água disponível para os usos do nosso dia-a-dia é escassa. Isso mesmo! Acostumados a viver num país como o Brasil, que conta com um incrível potencial hidrográfico, não nos conscientizamos de que, em termos mundiais, a água doce disponível para as atividades humanas é encontrada em quantidades diminutas. Para entendermos as proporções, estima-se que o volume total de água na Terra
(excetuando-se a água contida na atmosfera na forma de vapor d’água) gira em torno de 1,4 x 109 km3, o equivalente ao volume de uma esfera de 1 380 km de diâmetro. De acordo com a Tabela 1, apenas cerca de 0,3% desse total é constituído de água doce facilmente utilizável! Trata-se de uma situação crítica. No entanto, o quadro é ainda pior do que parece. Levando-se em conta que cerca de 67% da água doce que retiramos do meio ambiente é utilizada na irrigação e 23% em outras necessidades da agricultura, resta