Poluição Aquática
Caríssimos colegas, como sabeis vós, desde sempre que a nossa sociedade tem atravessado um período de enorme instabilidade social, na qual as relações de afeto, ternura e amizade entre os seres humanos tendem, cada vez mais, a tornarem-se menos consolidadas, menos afetuosas, enfim, menos humanas. Assistimos a uma decadência na sanidade mental dos nossos jovens e na capacidade de raciocinar por eles próprios. Ai…, maldita a hora em que a cabeça da juventude se encheu de hábitos tão negativos capazes de conduzir não só ao colapso da sociedade, mas também e principalmente deles próprios. Erguer-me-ei dizendo para vós, meus ilustres ouvintes, que tais hábitos, tais rotinas trarão mais desilusões do que propriamente a ânsia da felicidade.
Começarei por dialogar acerca da pressão e da influência a que, enquanto adolescentes, a juventude está sujeita. Cada vez mais no nosso dia-a-dia os jovens sofrem pressões sociais e estão inteiramente condicionados às ações do outro. Incapacitados de fazerem as suas próprias escolhas e tomarem as suas próprias decisões, desenvolve-se uma tendência, cada vez maior, para seguir o líder, o melhor, o mais fascinante e original que detém o poder de ordenar. Muitos jovens revelam o medo de enfrentar o seu próprio Adamastor, que como dizia
Camões, “Que pôs nos corações um grande medo; ” e “Arrepiam-se as carnes e o cabelo/… só de ouvi-lo e vê-lo.”. Têm medo do que se seguirá se decidirem não optar por ir na onda com os outros. Medo do desconhecido. Medo de ficarem isolados do mundo. Para dar o exemplo, a palavra Bullying é muito adotada nos dias de hoje e é sobre a qual nos debruçaremos. Será que um jovem, estando subordinado à autoridade do
grupo, ao ver um conflito pessoal entre um membro do grupo e outro jovem, se deve intrometer ajudando o grupo? Isto sempre no sentido de ultrapassar o seu próprio medo do desconhecido se optar por não o fazer.
Ou, por outro lado, deverá tomar a iniciativa e fazer