polonização
Visitantes Florais e Polinizadores de Seis
Espécies Arbóreas de Leguminosae Melitófilas na
Mata Atlântica no Sudeste do Brasil
Mardiore Pinheiro1 e Marlies Sazima2
Introdução
Resultados e discussão
Em florestas a grande maioria das abelhas forrageia no alto das árvores, local pouco acessível para pesquisadores. Devido às dificuldades de coleta e observação, são escassas as informações sobre o nível das interações entre espécies deste grupo de insetos e as flores das espécies de árvores que visitam.
Na Floresta Ombrófila Densa, a família
Leguminosae possui reconhecida importância pela riqueza específica e abundância nas diferentes fitofisionomias [1]. Neste ecossistema, contudo, dada a relevância ecológica desta família, informações sobre visitantes florais e polinizadores de espécies arbóreas ainda são escassas.
Este estudo tem como objetivos verificar os visitantes florais e polinizadores de espécies arbóreas de Leguminosae melitófilas, ocorrentes em Mata
Atlântica no sudeste do Brasil, e definir conjuntos de espécies que compartilham os mesmos polinizadores.
Foram estudadas seis espécies de Leguminosae arbóreas:
Lonchocarpus cultratus (Vell.) A.M.G. Azevedo & H.C.
Lima, Pterocarpus violaceus Vogel, Senna macranthera
(DC. Ex Collad.) H.S. Irwin & Barneby, Senna multijuga
(L.C. Richard) H.S. Irwin & Barneby, Swartzia oblata R.S.
Cowan e S. simplex (Sw.) Spreng. e seus atributos florais constam da Tabela 1.
Nas flores destas espécies foram registradas 39 espécies de abelhas, pertencentes a quatro famílias (Tab. 2).
A relação do tamanho das abelhas com o tamanho das flores que visitam, pode definir quais espécies são polinizadoras e quais são pilhadoras. Esta relação, em alguns casos, parece ser mais importante do que o comportamento das abelhas nas flores. Na Tabela 2, nota-se que, para uma mesma espécie de abelha, a categoria
“polinizador ou pilhador” varia em função do tamanho das flores que visitam.