politicas
A chegada até o SUS é marcada por disputas políticas e sociais. Desde idéias preambulares desta nova política abortadas pelo golpe militar até a superação de organizações centralizadoras, burocráticas, hospitalocêntricas e médico-centradas. As Ações Integradas de Saúde, no início da década de 80, expandem a população segurada pelo INAMPS e o SUDS, a partir de 1985, dá rumo à descentralização de poderes e financiamento na saúde.
A Constituinte de 1988 implanta a lei 8080 como um amadurecimento de todo esse processo, dos movimentos populares de saúde e sua pressão sobre o Governo e de todas as formulações no campo da Saúde Coletiva. Traz, em teoria, um modelo mais próximo ao de Estados de Bem-Estar Social, um modelo universal redistributivista, ou seja, rompe com o modelo segmentado. (Estado e Políticas Públicas, 1998)
E a Residência nessa?
Nesta história, as residências de Medicina Preventiva e Social aparecem na década de 60, em conseqüência ao movimento preventivista, desenvolvido nos Estados Unidos décadas antes. Ao longo das décadas de 70 e 80 os programas têm expansões de vagas, sendo que na década de 80 assumem o ideário da Saúde Coletiva, bastante influenciado pela Reforma Sanitária brasileira. Apesar da crise que os programas sofreram na década de 90, com o fechamento de alguns e a reorientação de outros para Medicina de Família, reconhece-se sua importância fundamental diante da consolidação do SUS e expansão de espaços de gestão. Considera-se que a Residência em Medicina Preventiva e Social “além de ser um momento de formação, também é um dispositivo que atua na construção dos sistemas de saúde, devido a grande potência com que