politicas sociais
Capitalismo, liberalismo e origens da polític a social
Não se pode indicar com precisão um período especifico de surgimento das primeiras iniciativas reconhecíveis de políticas sociais, pois como processo social, elas se gestaram na confluência dos movimentos de ascensão do capitalismo com a Revolução Industrial, das lutas de classe e do desenvolvimento da intervenção estatal. Sua origem é comumente relacionada aos movimentos de massa social-democratas e ao estabelecimento dos Estados-nação na Europa ocidental do final do século XIX, mas sua generalização situa-se na passagem do capitalismo concorrencial para o monopolista, em especial na sua fase tardia, após a Segunda Guerra Mundial. Na sociedade capitalista burguesa, o trabalho perder seu sentido natural de produção para a troca independente de seu contexto histórico. Marx desmistifica o significado “natural” do trabalho e mostra que o trabalho é atividade humana, resultante do dispêndio de energia física e mental, direta ou indiretamente voltada à produção de bens e serviços, contribuindo para a produção da vida humana, individual e social. No capitalismo ao ser tratada como mercadoria, a força de trabalho possui duplo caráter: ser produtora de valores de troca, ou todo trabalho é, de um lado, dispêndio de força humana de trabalho, sob forma especial, para um determinado fim, e nessa qualidade de trabalho útil e concreto, produz valos de uso”. É nesse sentido que o valor de uso “só se realiza com a utilização ou o consumo”, e que “um valor de uso ou um bem só possui, portanto, valor, porque nele está corporoficado, materializado trabalho humano abstrato”. O valor de troca se constitui a partir do dispêndio de energia humana que cria o valor das mercadorias e consiste na relação que se estabelece entre uma coisa e outra, entre um produto e outro. As relações capitalistas constituem relações de produção de valores de troca (mercadorias) para acumulação de capital, atravez de expropriação da