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Direto ao ponto: Ficha-resumo
Hollande venceu as eleições com um discurso contrário aos pacotes de austeridade, que reduziram os gastos dos Estados mediante aumento de impostos e cortes em benefícios sociais. Essa política gerou descontentamento entre os europeus, que responderam nas urnas derrubando governos em todo o continente. A queda nos índices de popularidade afetou também Sarkozy, que ocupava o cargo desde 2007.
A França é hoje um país com baixo crescimento econômico (estimado em 0,5% para este ano), taxas de 10% de desemprego e uma dívida pública de 85% do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo Hollande, os acordos de redução da dívida pública impedem o desenvolvimento da economia do país. Para retomar o crescimento, ele prometeu aumentar impostos dos mais ricos e das grandes empresas do país e, assim, gerar receita para elevar o valor do salário-mínimo e criar ofertas de empregos para os jovens.
Ele também quer reduzir a idade de aposentadoria de 62 para 60 anos, revertendo o efeito de um projeto de lei do governo Sarkozy que provocou manifestações populares. O envelhecimento da população é uma das maiores causas do aumento dos gastos públicos, em razão do pagamento de pensões.
Mas o maior desafio de Hollande será convencer a chanceler alemã Angela Merkel a renegociar o pacto fiscal, firmado entre 25 dos 27 países que compõem a União Europeia para conter as consequências da crise global.
Para o presidente francês eleito, agora são necessárias medidas econômicas de estímulo ao crescimento. A França é a segunda maior economia do bloco, atrás somente da Alemanha , que resiste, até agora, à proposta do líder francês.
Como a Europa chegou nesse impasse?