Politica
Em qualquer economia civilizada e estável, é admissível o controle do câmbio. Na verdade, é de suma importância que o governo atue como uma bússola para demonstrar ao mercado o rumo de sua política econômica como um todo. Na verdade, a manipulação do câmbio existe de uma forma ou de outra, disfarçada ou explícita.
O governo pode interferir no cãmbio criando regras simples que inibam ou estimulem a entrada de dólares no País, sem o que o banco Central necessáriamente compre ou venda a moeda, que é o que o governo considera “controlar” o câmbio.
Reduzir a burocracia permitindo que pequenas empresas exportem ou permitir que as empresas brasileiras tenham contas bancárias no exterior e só internalizem os dólares quando desejarem, teria um significativo impacto na taxa de câmbio.
Permitir que pequenas empresas vendam pela internet para o exterior, fixando os seus preços em dólares também teria um grande impacto.
Em resumo, existem inúmeras formas de se controlar o cãmbio de modo indireto que a compra e venda de títulos pelo BC.
Os atuais níveis cambiais praticados no País, visam somente a interesse de poucos em detrimento das contas externas, exportações e um sem-número de implicações derivadas de um câmbio manipulado para baixo.
Hoje, a Petrobras vende o litro da gasolina acima de 1 dólar ( um dos mais altos preços do mundo). Se o dólar sobe, a Petrobras quer aumentar o preço da gasolina para preservar seus resultados em dólares no mercado internacional e, a alta de preço da gasolina não só trás consigo um aumento de preços extensivo a diversos produtos como puxa prá baixo os níveis de popularidade e aprovação do atual governo. Há portanto um interesse claro do governo em manter a moeda brasileira super-valorizada, na contramão do óbvio chinês que, apesar das pressões doas EUA e União Européia, se recusa a valorizar a sua moeda. O resultado disso todos sabem: a China cresce a taxas ao redor de 10% ao ano, pelos últimos dez anos.