Politica e midia
Os meios de comunicação, com seu poder de informação e (de)formação, conseguem buscar a interação do receptor, fazendo com que sua participação seja vista como imprescindível para a resolução de um problema apresentado. A capa, nas mídias impressas, tem uma importância muito grande para o leitor, pois é o primeiro contato que esse tem com a notícia apresentada e por isso elas utilizam de recursos para induzi-lo a ler. A escolha do que se quer mostrar depende da tonalidade de cores, conduzindo ao bom ou mau contraste da capa.
O modo pelo qual a mídia trabalha os variados discursos, principalmente em campanhas eleitorais, leva-nos a refletir sobre o papel dos meios de comunicação como instâncias de poder e na capacidade de estruturar a opinião pública sobre os candidatos, interferindo assim, na decisão do eleitorado. Nas mídias impressas, por exemplo, a construção de imagens icônicas sarcásticas, bem como o uso de linguagens polissêmicas desmistificam ou mesmo atingem de modo agressivo a figura de alguns candidatos, orientando, assim, a formação do pensamento do leitor para certas direções. Essa realidade construída acontece com maior evidência nos meses que antecedem a campanha eleitoral à presidência.
Nas coberturas de campanha eleitoral, as principais revistas de informação trabalham com a possibilidade do leitor escolher o candidato que assumirá o poder; o uso dos recursos visuais/infográficos possibilita a organização e seleção de cores, a luminosidade, a saturação, a infinidade de tons, enfim, um leque de possibilidades para trabalhar a imagem política.
Os gêneros de informação vêm organizados, segundo Patrick Charaudeau (2006, p.233), de uma forma que aborde a visibilidade, a inteligibilidade e a espetacularização. No que diz respeito à visibilidade, as notícias selecionadas pela mídia devem ser percebidas o mais imediatamente possível pelo leitor, atraindo sua atenção e num formato que possa ser identificado no momento em que