politica social
Como não há uma definição universalmente aceita de política social e sim de abordagens, elas estão relacionadas em :
a) abordagem pragmática: nela a política social pode ser concebida como um campo de ação que consiste em instituições e atividades que afetam positivamente o bem-estar dos indivíduos. É quando o Estado intervém minimamente com políticas no domínio da distribuição ou redistribuição de renda. Nas palavras de Marshall (1967): a política social é a política de governos relativa à ação que tem um impacto direto no bem-estar dos cidadãos ao dotá-los de serviços ou renda”, ou ainda, nas palavras de Walker (1984), a política social inclui, em geral, “o fornecimento pelo Estado de seguridade social, moradia, saúde, serviços sociais pessoais e educação (apud, OUTHWAITE E
BOTOMORE, 1996, p. 586); outros autores incluem ainda os serviços de empregos. Esta abordagem sofre críticas por se concentrar no bem-estar individual, deixando de fora todas as atividades centrais ou locais do
Estado, que afetam a qualidade de vida das comunidades, como todos os serviços comunitários, desde a construção de estradas e fornecimento de água, até a política ambiental.
b) A abordagem funcionalista: concentram-se nos problemas que, em qualquer momento dado, têm perturbado a reprodução regular de sistemas sociais, sobretudo depois do advento do capitalismo (mudanças no sistema industrial), quando surge a necessidade de promover políticas sociais para restabelecer a estabilidade e o equilíbrio.
c) Abordagens estruturais: segundo os autores, Outhwaite e
Botomore (1996) as abordagens pragmática e funcionalista não consideraram os processos sociais que deflagram as mudanças na política social. Houve lutas sociais pela conquista dos direitos: a existência dos direitos civis e políticos ajudou a formular e consolidar os direitos sociais (renda, habitação, saúde e cultura decentes), segundo a teorização de Marshall (1965). A política social descrita em