politica social
‘’As sociedades pré-capitalistas não privilegiaram as forças de mercado e assumiam algumas responsabilidades sociais, não com o fim de garantir o bem comum, mas com o intuito de manter a ordem social e punir a vagabundagem’’ ( Rossetti e Boschetti, 2011: 47). Na fase pré-capitalista as legislações existentes estabeleciam ao trabalhador a obrigação de trabalhar, obtendo um caráter coercitivo, regulador e proibidor. Aqueles que possuíssem a mínima capacidade de trabalho tinham de aceitar qualquer emprego para garantir sua subsistência.
As ações sociais, a caridade privada e a filantropia, que são algumas das iniciativas assistenciais consideradas protoformas de políticas sociais, atuavam induzindo o trabalhador a permanecer no emprego pela garantia de auxílios mínimos. Esses auxílios só seriam recebidos se o beneficiado fosse selecionado e merecedor destes. As leis vigentes na época impediam o livre mercado competitivo e em 1934, a nova Lei dos Pobres deixou os pauperizados sujeitos a exploração do capitalismo nascente. Agora, a força de trabalho era encarada também como mercadoria.
No livro de Rossetti e Boschetti, há uma sucinta menção das atividades da acumulação capitalista que interferiram nas relações sociais, fazendo com que o trabalho perdesse o seu significado, separando o capital constante do variável. ‘’Na sociedade capitalista burguesa, o trabalho perdeu seu sentido como processo de humanização, sendo incorporado como