Polimero com carga
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6.2 Avaliação da presença de cargas
Nesta seção apresenta-se e discute-se os resultados obtidos para as amostras de PET aditivadas com cargas particuladas (negro de fumo e dióxido de titânio) quando submetidas ao intemperismo artificial.
6.2.1 Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourrier – FTIR.
A Figura 6.2.1 mostra o aumento no Índice de Grupos Carboxílicos Terminais, IGCT, durante o processo fotodegradativo de filmes de PET puro e com cargas mineriais. Pode-se notar nesta Figura que há um crescimento do IGCT obtido por FTIR mais acentuado para as amostras PET puro e com TiO2 durante o período de exposição, enquanto que a amostra contendo negro de fumo quase não houve alteração no valor de IGCT. Em termos percentuais a amostra contendo negro de fumo teve um aumento de 6,8% após 973,4 horas de exposição, a amostra com TiO2 este aumento foi de 47% após 1080 horas de exposição, e a amostra PET puro com apenas 596 horas de exposição aumentou seu valor de IGCT em 34,1%.
Fechine, G. J. M.
90
50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 0
Aumento em IGCT (%)
PET puro NF TIO
200
400
600
800
1000 1200
Tempo de exposição à radiação UV (horas)
Figura 6.2.1 – Aumento no percentual do IGCT (valores obtidos por transmissão) em função do tempo de exposição à radiação UV para amostras de PET puro (PET), PET com negro de fumo (NF) e com dióxido de titânio (TIO).
Após um tempo de exposição de cerca de 600 horas, o IGCT da amostra com TiO2 cresceu 19%, mostrando que a adição de dióxido de titânio não agiu de maneira satisfatória, enquanto que o negro de fumo conseguiu prevenir o aparecimento de grupos carboxílicos terminais, já que o aumento do IGCT neste mesmo tempo de exposição foi de apenas cerca de 6%. O negro de fumo possui grande capacidade de retardar a fotodegradação pois ele atua como um forte absorvedor da luz no UV/VIS além de ser um desativador de estados excitados e decompositor de hidroperóxidos