polemica sobre celulas tronco
As pesquisas com células-tronco embrionárias tornaram-se uma das maiores controvérsias morais e políticas da atualidade, já que este processo envolve a extração de embriões humanos, produzidos por clonagem terapêutica ou aqueles excedentes de processos de fertilização in vitro. (PEREIRA, 2008).
Entretanto, certas religiões alegam que o embrião humano desde o momento da fecundação possui vida e dessa forma adquire todos os direitos de uma pessoa já nascida, afinal, talvez este contenha vida tanto quanto um espermatozoide e um óvulo.
Da perspectiva científica, o embrião em questão é muito jovem, ainda não tem forma e está numa proveta, e não implantado no útero, pois durante um ciclo de fertilização in vitro são gerados de 5 a 8 embriões. Destes, dois ou três são transferidos para o útero da mulher. Os restantes ficam congelados para serem utilizados em uma futura tentativa de gravidez. Porém, muitas vezes o casal opta por não ter mais filhos, e esses embriões ficam “esquecidos”. Com o passar do tempo, a capacidade dos embriões congelados darem origem a um feto diminui. São justamente esses embriões que são destruídos para se extrair as células-tronco embrionárias. Para algumas pessoas isso equivale a matar uma pessoa e por isso é inaceitável. (PEREIRA, 2005).
Contudo, o posicionamento da igreja contradiz a tese científica. Em declaração emitida pela Pontifícia Academia para a Vida, em agosto de 2000, a Igreja Católica, posicionou-se contra a produção de células-tronco embrionárias, sua aquisição ou a manipulação dessas células através da técnica de transferência nuclear para produção de tecidos compatíveis com o doador, à chamada clonagem terapêutica. Em todos esses casos se estaria lesionando um “indivíduo humano” com direito à vida desde a concepção, sendo a favor somente de terapias feitas a partir de células-tronco adultas. (LUNA, 2008).
Na doutrina espírita,