Pois
Carolina – (está sentada a desenhar)
(As amigas dela (Rita, Sofia) chegam.)
Sofia – O que estás a fazer?
Carolina- Estava aqui a desenhar e estava a pensar como é que podemos considerar que algo é arte.
Rita- Eu conheço uma teoria que diz que algo é arte se, e só se, é produzida pelo homem e imita algo. É a teoria da arte como imitação.
Carolina- Achas que essa teoria é plausível? Há tantas obras que não imitam algo e no entanto são grandes obras de arte!
Sofia- Grandes filósofos como Aristóteles e Platão defendiam essa teoria. Platão ao contrário de Aristóteles, por achar que toda a arte era imitação encarava-a de forma negativa.
Rita- E esses filósofos não poderiam estar enganados.
(entretanto chega o Rui, o Luís e o Fábio)
Luís – O que é que estão para aí a discutir?
Carolina – A Rita e a Sofia estão a falar-me de uma teoria, a Teoria da arte como imitação. E eu não acho que essa teoria seja plausível.
Rui – Eu conheço essa teoria. Foi predominantemente aceite até ao séc. XVIII, mas ainda continua presente em algumas expressões nossas.
Carolina- Isso explica o facto de grandes filósofos como Aristóteles e Platão defenderem esta teoria. A arte do tempo deles não era como a arte dos nossos dias.
Fábio –Não percebi como é que esta teoria pode estar presente em algumas das nossas expressões.
Luís- Eu explico-te. (tira uma folha com uma obra de arte actual) O que é que pensas desta obra?
Fábio- Isso não é arte, não vejo nada nessa obra a não ser riscos e manchas de tinta.
Luís- Essa é uma das expressões que defende esta teoria, pois estás a dizer que isto não é arte por não perceberes o que imita.
Rui- Também há outras expressões, como “este filme é excelente, pois é um retrato fiel da sociedade americana nos anos 60”, ou como “este quadro é tão bom que mal conseguimos distinguir aquilo que o artista pintou do modelo utilizado”.
Rita- Mas esta teoria tem bons factores a seu favor. Esta teoria