Poesia
Então, no auge dos meus dezesseis anos comecei a gostar do diferente. Calma, não me leve a mal! Passei a me interessar pelas profissões menos procuradas. Li bastante, assisti vídeos sobre determinados trabalhos, como eram feitos, quanto se ganhava e tudo isso que a gente pensa quando vai escolher uma profissão... Cheguei em uma primeira conclusão: cinco possíveis profissões que eu poderia seguir e a partir daí, fui diminuindo para quatro, três, duas e enfim, uma.
O meu pai, que era militar, sempre me influenciou a fazer parte das forças armadas, em principal, da aeronáutica e acho que a escolha do que eu faria por toda a vida deve-se muito a isso.
Fui fazer o curso de comissária de bordo, não gostava muito das aulas de etiqueta, mas como tudo na vida, este curso também tinha a parte boa e a parte ruim. Depois disso foi tudo muito rápido! Simplesmente me encantei com tudo e três anos depois do início do curso, estava eu entrando numa companhia de aviação. Não era a maior empresa do ramo, mas para um começo estava ótimo.
Conheci diversas cidades do Brasil, vi lugares lindos e arrisco dizer que este país é um dos mais belos do mundo, porém com seus problemas, desigualdades e tudo o que já estamos cansados de saber. Se os seres humanos fossem lindos como as belezas naturais, seríamos perfeitos, porém não falo de aparência física.
Hoje faço apenas viagens internacionais, vivo mais no céu do que na terra e afirmo que sou feliz na profissão escolhida. Entretanto, nos últimos dois meses venho me perguntando: “Sou uma