poema
- Eu costumava matar aulas para jogar bola lá em Castanhal – diz Diego.
- Ãh? O que você disse? – pergunta Andréia distraída.
- Eu disse que costumava matar aula para jogar bola em Castanhal – diz Diego.
- Você já me disse isso umas cem vezes – observa Andréa.
- Desculpe-me – diz ele – eu acho que não tenho mais nada para falar de Castanhal.
- Pelo menos não vou me perder por lá. Já conheço tudo se nunca ter ido lá – diz Andréia em tom de zombaria.
- Tenho certeza que você vai gostar de Castanhal – diz Diego.
- Espero – diz ela – pois estamos na estrada a um bom tempo e ainda não chegamos.
De repente o carro deles passa violentamente por cima de um buraco e o pneu estoura. Eles se espantam com o barulho.
Oh, droga! – diz Diego – está merda foi estourar justo aqui neste fim de mundo!
- Que azar! – diz Andréia – justo hoje na minha lua-de-mel.
- E o pior de tudo é que eu emprestei o pneu reserva para o Jorge naquele dia em que fomos para Mosqueiro – diz ele.
Eles então são obrigados a parar o carro do lado da estrada perto de algumas plantas. Roberto sai do carro e diz a sua esposa:
- Tem uma cidadezinha de beira de estrada a alguns metros daqui. Eu vou lá pedir ajuda. Não saia do carro, eu já volto.
Em seguida, vai andando até a cidade. Andréia se sente um pouco incomodada de ficar só no meio do nada. Mil coisas passam pela sua cabeça. Decide então ligar o som para espantar o medo. Poe um disco do Zé Ramalho e tranca as portas.
Meia-hora depois, Diego finalmente chega na cidade. A escuridão começa a tomar conta do céu. Entra em um bar para pedir informação. O lugar é