Poema A Escrava Isaura
Isaura,
Moça linda de pele clara,
Filha de mulata e homem branco,
Beleza da qual causava espanto.
Jovem sem liberdade,
Para agir por sua vontade,
Vivia como escrava, dura realidade,
Pertencia a Leôncio,
Um grande fazendeiro,
Que há maltratava o tempo inteiro.
Por ser escrava,
Ele a abusava,
Homem autoritário,
Não admitia ser contrariado,
Julgava estar certo mesmo estando errado.
Queria o amor da pobre moça,
Mesmo sendo casado,
Malvina, sua esposa,
De algo havia desconfiado.
Não havia como esconder
Tamanha obsessão,
Seu casamento era só mais uma ilusão.
Malvina obteve razão,
Propôs a liberdade de Isaura
Ou a Leôncio a separação.
Leôncio ainda assim,
Leva Isaura há senzala,
Planejando o seu fim.
A escrava achara estar perdida,
Até então surge uma saída.
Seu pai chegara bravamente,
Desta vez com um plano eficiente.
Como escravos fugidos,
Partem para Recife,
Sendo logo descobertos
Por um patife.
Logo, novamente Isaura,
É voltada a prisão,
Estando nas garras
Do fazendeiro fanfarrão.
Agora, mais do que nunca,
Via-se sem saída,
Ou se casava com Belchior
Ou perdia a vida.
Quando tudo parecia ter se acabado,
Chega Álvaro,
Seu amado.
Do qual consigo,
Trazia um artigo,
Com escrituras de despejo,
Para Leôncio, pior desejo.
Isaura explode de felicidade,
Voltando-se para seu marido,
Leôncio frustrado,
Tudo estava perdido.
O fanfarrão opta pelo suicídio.
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(Autoria: Henrique Michels e Juliara Reis) l l
Capivari do Sul/RS l l l Turma: 2º ano – 212. l l