Bernardo Guimarães
A obra apresenta a tríade comum aos romances populares românticos: vilão, heroína e herói. A história se passa numa grande fazenda fluminense na cidade de Campos dos Goitacazes. O romance aparece quatro anos depois da Lei do Ventre Livre. A escravidão serve mais como impedimento no desenvolvimento do romance, do que como assunto a ser abordado contra ou a favor. Bernardo Guimarães joga com a aceitação da mulher de pele clara, como demonstração do preconceito de raça. Enquanto que a escravidão simplesmente existe. Há algumas poucas falas de estudantes abolicionistas, mas não são mais do que um aceno, uma batida na aba do chapéu, que Bernardo Guimarães dá ao movimento abolicionista. As divisões da sociedade, a mostra da irracionalidade da escravidão, estão centradas na cor da pele da escrava. Bernardo Guimarães remove a máscara da sociedade brasileira e mostra a falsidade de seus preconceitos. Realça a fragilidade e a dualidade da posição