poema em linha reta analise
2.ª parte (segunda a sexta estrofes) - O sujeito poético vai referir as suas características negativas, autocaracterizando-se como porco, vil, parasita, sujo, ridículo, absurdo, grotesco, mesquinho, submisso, arrogante, enxovalhado, cómico, desonesto e cobarde, fazendo um retrato de si oposto ao que os outros fazem de si mesmos, já que estes, que falam com o sujeito poético, caracterizando-se a eles mesmos, nunca tiveram atos ridículos, sofreram enxovalhos ou foram senão príncipes.
O sujeito poético exprime depois o seu desejo de ouvir alguém confessar uma infâmia ou uma cobardia, já que todos se caracterizam como o Ideal. A interrogação retórica “Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?” exprime o desejo do sujeito poético de que alguém, tal como ele, confesse as suas fraquezas.
Assim, a referência aos seus conhecidos como príncipes ou semideuses é irónica, já que atesta a revolta do sujeito poético em relação à fanfarronice e hipocrisia dos seus conhecidos. Este sentimento de revolta está também explícito na interrogação retórica “Onde é que há gente neste mundo?”, que exprime a certeza de que toda a gente tem defeitos.
3.ª parte (última estrofe) - O eu lírico refere que os seus conhecidos (de acordo com o que eles mesmos dizem) podem ter sido traídos, mas nunca ridículos, ao contrário de si, que foi ridículo sem ter sido traído e que é vil. Por isso, o sujeito poético