Analise Poema em Linha Reta
A minha escolha, embora nada fácil, deve se ao modo cativante com que o sujeito poético se apercebe e, em seguida, crítica, as deformidades da sociedade em que se encontra. Deformidades estas, que, a meu ver, perduram até à atualidade.
Numa primeira instancia, o sujeito poético visa, apos uma breve introdução ao tema a que o poema se ira referir, a sociedade hipócrita e falaciosa que apenas expõe os seus êxitos, apresentar se, pondo em evidencia todas as suas falhas, servindo se de adjetivos pejorativos (v.3-18, (porco, vil, parasita, sujo, ridículo, absurdo, mesquinho submisso, arrogante, entre outros).
Com esta auto-caracterizaçao, o eu lírico expressa uma ideia de contraste entre o mesmo e a sociedade, revelando que se encontra ‘’a margem do mundo’’.
Seguidamente, podemos verificar que a maioria deste poema, inclusive o titulo do mesmo, contam com a presença da ironia por parte de Alvaro de Campos, pois, para o sujeito poético, se a vida fosse traçada graficamente nunca seria reta, muito pelo contrario, esta é composta por altos e baixos.
O eu-lirico assume o seu desgosto no que toca a sociedade na 4ª estrofe, mostrando se esgotado de tanta hipocrisia, implorando que assumam, não necessariamente um ato de violência mas, pelo menos algumas infâmias ou covardias, porem, sabe que o seu pedido é em vao.
Decide portanto, rotular todos, ironicamente do mesmo modo: semi-deuses, não humanos, pois estes são quase que considerados perfeitos pelos próprios, ao contario do sujeito poético que procura enaltecer as suas falhas pois considera que são as mesmas que fazem dele ‘’gente’’.
Na 6ª estrofe é salientada uma falha de coesão frásica ‘’ Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?’’, todavia, é uma falha proposital. O sujeito poético tem como intuito