Poder na Ditadura: hegemonia das mídias e construção de um caráter contestador
XXXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Rio de Janeiro, RJ – 4 a 7/9/2015
Poder na Ditadura: hegemonia das mídias e construção de um caráter contestador 1
Talita Souza MAGNOLO2
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF
Resumo
O artigo traz um estudo voltado para as concepções de poder e como elas foram utilizadas na construção da hegemonia das mídias e construção de um caráter contestador no período da ditadura militar no Brasil. Para isso, discute o campo político e seu funcionamento dentro um estado autocrático e democrático, apresenta um breve histórico desde o golpe de
Estado e a instauração de um regime ditatorial até a redemocratização de 1985. Dentro do estudo realizado do campo midiático, o artigo discute seu surgimento, bem como a parceria entre televisão e militares na tentativa de construir um meio de comunicação hegemônico para a época. Por fim, é feito o contraponto de manifestações culturais que se colocaram como contestadoras da ordem ditatorial hegemônica.
Palavras-chave
Poder; Ditadura Militar; Campo midiático; Campo político.
1 INTRODUÇÃO
Este artigo está estruturado em quatro partes. Na primeira parte, foi realizado um estudo sobre diferentes concepções de poder. Foram utilizadas como referência Michel
Foucault (1975), Max Weber, a partir dos estudos de Lúcio Alves Barros (2000), e Pierre
Bourdieu (1989). Ainda na primeira parte foi traçado um paralelo entre as concepções e tipologia de poder, no qual se conseguiu observar as diferentes classificações e como elas, ao longo do trabalho, enquadraram-se no período ditatorial do Brasil, que vigorou de 1964 a
1985.
A segunda parte analisou o campo político, principalmente os conceitos de Estado
Autocrático e Estado Democrático. Essa distinção se fez necessária para a apresentação de uma breve retrospectiva histórica desde a instauração da ditadura militar, com o golpe em
1964, até a redemocratização do