Pode a humanidade escapar da destrui o total
Não é de hoje que a ideia de um fim hipotético para a humanidade como nós a conhecemos ocupa um lugar de destaque no imaginário popular. A bem da verdade, a ideia de um possível renascimento, se encontra fortemente enraizada na maior parte das religiões ocidentais — como no cristianismo e no zoroastrismo, por exemplo.
Já as incursões de visões apocalípticas na cultura moderna são relativamente recentes, e normalmente acompanham a ideia do que seria uma possível catástrofe de grandes proporções em um determinado momento histórico.
Para algumas pessoas parecia perfeitamente razoável que, se a humanidade pudesse mesmo ter um fim, esse fim viria nas garras dos ainda imperscrutáveis vírus. Afinal de contas, quem pensaria, com a tecnologia bélica então disponível, que uma guerra poderia alcançar uma proporção global?
O míssil balístico intercontinental Titan II: uma relíquia da Guerra Fria. É claro, isso mudaria com considerável rapidez, com pestes, bactérias e vírus dando lugar ao próximo bicho-papão apocalíptico: as armas nucleares. A ordem então passou a ser: a fissão atômica certamente acabará por devastar a superfície do planeta em uma guerra nuclear de proporções épica — um medo que, convenhamos, persiste até os dias atuais. O extenso período conhecido como Guerra Fria trataria então de colocar o fantasma nuclear definitivamente na já abarrotada lista de temores coletivos.
Até acontecer a queda da União Soviética, incontáveis visões pós-apocalípticas tomavam conta das mais diversas expressões culturais, de livros a filmes, normalmente pintando uma era em que os remanescentes da raça humana lutariam pelos poucos recursos restantes, perdendo na pura barbárie de uma civilização que regressaria ao seu estado mais primitivo.