Hoje em dia, aproximadamente mil e quinhetas pessoas morem diariamente por falta de nutrição e outras milhares morrem por variadíssimas causas consequentes da pobreza extrema. Ocorre já alguns anos um forte debate crítico sobre o futuro do mundo e da sua economia. O debate mais conhecido por norte-sul abrange os chamados países ricos e países pobres. Mas afinal o que é a pobreza que percorrem séculos e séculos e está tão presente no nosso dia-a dia? A pobreza para além de ser uma carência de bem-estar económico e social é uma consequência de um mundo cada vez mais despreocupado, egoísta e ambicioso em relação aos outros. Há medida que o tempo passa os factores de enfraquecimento dos “países pobres” parece que aumentam, um desses factores é a chamada balança comercial entre os países em desenvolvimento e os seus respectivos antigos colenizadores. Balança esta adversa e desfavorável aos países subdesenvolvidos. Já o presidente Nyerere da Tanzânia dizia que em 1963 precisava de produzir cinco toneladas de sisal para comprar um tractor e em 1970 teve de produzir dez toneladas para adquirir esse mesmo tractor. Seguramante, que neste momento é necessário muito mais que dez toneladas de sisal para obter esse mesmo tractor. Percorrendo a Avenida Beira-Mar no nordeste brasileiro, em Fortaleza, repara-se na luxúria da avenida, hotéis de luxo, turistas passeando a beira-mar, restaurantes para a classe alta, centros comerciais, entre outros. Numa das variantes da avenida o mundo parece que nos cai aos pés, já que se observa pessoas com o corpo queimado pelo sol, deitados nas ruas degradadas, pedindo auxílio e esmola. Os turistas não querem saber e ignoram-nos. Alguns turistas dizem aos seus filhos para eles não olharem, porque não é nada com eles. Será que não é nada connosco? Afinal nós pertencemos ao mesmo mundo, somos feitos da mesma matéria e nascemos, vivemos e morremos como eles. Segue-se viagem para Miami. Do avião consegue-se ver as altas estruturas arquitectónicas de