Pobreza- Psicologia Social

2117 palavras 9 páginas
Introdução
As condições históricas que propiciaram o surgimento da psicologia como um caminho de estudo da ciência moderna foram forjadas ainda quando da ascensão da burguesia, no século XIX, como classe social. O estudo do indivíduo e do ambiente social no qual estava inserido formou a liga que tornou a psicologia ciência, originando duas vertentes: a Psicologia Experimental e Psicologia Social, de modo que levasse a uma compreensão de dicotomias enraigadas entre natural e social, autonomia e determinação, interno e externo. No entanto, ambas as vertentes continuaram presas às perspectivas mecanicistas e deterministas, entendendo o homem como uma máquina possível de ser entendida e por pressupor causas a este indivíduo.
No início do século XX surge um novo movimento crítico que oferece uma nova práxis para produção de uma psicologia reflexiva, desvinculada da anterior já considerada reducionista. Novos pensamentos e movimentos históricos formam a base para novas possibilidades de crítica em toda a ciência, inclusive a Psicologia.
Todo este começo foi propiciado, como dito no início deste texto, pela ascensão da burguesia europeia. O rompimento com o modelo econômico feudal e com a dominação religiosa traz à luz um indivíduo antes escondido em sombras. “Um mundo que desconheceu individualidades, impedindo que os sujeitos se constituíssem como tais. Um mundo que não precisou de uma Psicologia” (Bock, 2011, p.18). Nasce nesse momento histórico a valorização do indivíduo e a constituição de todos os seus direitos, rompendo a estabilidade de séculos no mundo.
Ao mesmo tempo em que o indivíduo se emancipa surge, também, o capitalismo como novo modelo econômico. Este novo ator social também deverá se tornar um protagonista econômico: produtivo e consumidor. O homem é colocado diante de novas possibilidades, não mais sacramentadas por dogmas que predeterminavam sua função no mundo: podia agora ser, criar, pensar.
A noção de eu e a individualização nascem e se

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